In God we trust, others must provide CB insights
Nenhum gestor de Venture Capital começa bem o seu dia sem antes ler os e-mails do Anand Sanwal, nesse artigo compartilho o último relatório da CB Insights sobre os Millennials e a razão pela qual estou convicto de que a frase “Data is the new oil” deveria mudar para “Labeled data is the new oil”.
Em 1978, durante uma reunião na Câmara dos Deputados Americana, o Professor de Patologia, Edwin R. Fischer concluiu:
“I should like to close by citing a well-recognized cliché in scientific circles. The cliché is, ‘In God we trust, others must provide data’. What we need is good scientific data before I am willing to accept and submit to the proposition that smoking is a hazard to the nonsmoker.”
No setor de venture capital, todos os GPs operam com a mesma lógica, mas no nosso dia a dia, o cliché é: “In God we trust, others must provide CB Insights!”. Ninguém do time começa bem seu dia sem antes ler os e-mails enviados pelo Anand Sanwal, que sempre terminam um revigorante e carinhoso: “I Love You, Anand”.
O Anand desenvolveu uma capacidade de síntese extraordinária; mais do que informação, seus insights e infográficos geram uma espécie em extinção, conhecimento com certificado de origem e assertividade.
Além da confiabilidade dos dados, o Anand divide sua experiência e análises, colocando um take-away em cada gráfico apresentado, e isso não tem preço! A informação por si só tem valor limitado, o que realmente faz a diferença é a combinação do dado com a experiência e inteligência de quem o interpreta; daí que nasce o conhecimento com cê maiúsclo.
“Most of the ‘knowledge’ on which the knowledge economy is built is actually just information — data, facts and basic business intelligence. Knowledge itself is more profound. As management guru Tom Davenport once put it, ‘Knowledge is information combined with experience, context, interpretation, and reflection.’ It’s the knowledge derived from information that gives you a competitive edge” — Bill Gates
Para além do conhecimento, os VCs talvez sejam os alocadores de capital mais expostos a placitudes — surge uma nova tendência e a chance de um efeito manada cresce exponencialmente conforme a tese vai avançando; esfriar a cabeça, refletir e refutar o senso comum talvez seja o que separa os VCs excepcionais dos medíocres — e a power-law de venture capital não deixa dúvidas, os retornos desiguais vem dos top 10%.
Segundo Mark Twain: “The difference between the right word and the almost right word is the difference between the lightening and the lightening bug.” O mesmo vale para os VCs; a informação quase certa está anos luz da certa, assim como o empreendedor médio está do empreendedor competente.
Além de certa, a informação ser acessada, consumida e transformada em conhecimento o mais rápido possível; quanto melhor e mais rápido for esse processo, maiores as chances de antecipar as mudanças estruturais e, assim, investir cedo nas melhores ideias e empreendedores. A frase “Data is the new oil” deveria mudar para “Labeled Data is the new oil”.
Sou suspeito, mas recomendo para todos a leitura do livro “Obrigado pela informação que você NÃO meu deu”, escrito pelo meu pai, Normann Kestenbaum, e que até hoje é o meu mantra para decidir rápido e melhor, desviando das informações irrelevantes que nos cercam todos os dias.
Mais escasso que bons investimentos, é tempo. Ninguém mais tem tempo a perder e, portanto, usá-lo com inteligência e não gastar o dos outros, é um diferencial competitivo que ser humano algum deveria menosprezar.
Para não gastar o de vocês, segue o último report do CBInsights sobre os Millennials, a geração mudando a forma como produzimos, consumimos e investimos; e Darwin já cantou a bola; não é o mais forte, nem o melhor, que sobrevive, mas o que melhor se adapta as mudanças.
“I Love you”,
Fábio